domingo, 20 de novembro de 2011

A hora da estrela, Clarisse Lispector


A hora da estrela, de Clarisse Lispector, é um livro genial.
Lançado pouco antes da morte da autora, conta a narração que Rodrigo S.M. faz sobre a história de Macabéa, uma moça alagoana de 19 anos que se mudou para o RJ e mora numa pensão com mais 4 balconistas. De início, percebemos que Macabéa leva e aceita uma vida sem grandes emoções, monótona, simples e sem perspectivas de melhora. Logo ela começa a namorar Olímpico, um nordestino interesseiro que a trocou pela sua "amiga" Glória. Por sua vez, Glória aconselhou Macabéa a visitar uma conhecida sua, cartomante e ex prostituta, que previu um homem loiro e rico que a encontraria assim que saísse dali. Toda feliz, Macabéa começa a pensar que nasceu naquela hora e, assim que sai da casa da cartomante e atravessa a rua, um carro amarelo a atropela, provocando sua morte e, por consequência, consciência de si mesma, além da hora da estrela.
Muito útil aos dias de hoje, o enredo de simples entendimento nos faz refletir sobre algumas situações que muitas pessoas passam, o que não faríamos normalmente, como a migração de pessoas de cidade pacata para uma cidade "grande", desenvolvida, afim de melhores condições; a alienação; a inocência; o sentido da vida - aquela tal hora da estrela. Macabéa é, como diz a história, alienada, ingênua, despreparada para a vida 'inteligente' e não entende sobre a existência de coisa alguma, quase uma descrição de alguns brasileiros, mesmo nos dias de hoje. O ápice da história, que também é o final, é melancólico e se apresenta bem parecido com o do conto "a cartomante", de Machado de Assis. Em ambas as histórias, as personagens foram tão ingênuas que entregaram seus destinos a desconhecidos que as enganaram e provocaram suas mortes. Por ora a obra nos desperta a reflexão sobre o sentido da vida, que talvez só encontremos na hora de nossas mortes, e isso faz com que o leitor sinta a melancolia de Macabéa, mesmo que indiretamente.
Em A hora da estrela, Clarisse Lispector nos faz refletir sobre o sentido de nossa existência, criticando superficialmente pessoas como Macabéa, que apenas pensam em sua existência na hora de sua morte, ou, como no livro, na hora da estrela.
Todo brasileiro deveria ler.

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Feito pra aula de português, mas, já que faz muito tempo desde a última postagem, vou deixar essa aqui.

Thah
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domingo, 7 de agosto de 2011

Apenas uma garotinha


Apenas Uma Garotinha
conta a história, quase que com detalhes, de uma das maiores cantoras brasileiras: Cássia Eller, que morreu no dia 29 de dezembro de 2001, aos 39 anos, por alergia á xilocaína que ela tomou em um acesso de nervosismo que teve em sua casa, em Laranjeiras/RJ. E o país inteiro achou (e acha até hoje) que ela morreu de overdose... O que não é bem certo, já que fizeram alguns exames nela e constou que ela não usava drogas fazia algum tempo.

O livro começa assim: retratando (com detalhes) da morte precoce da cantora, o que eu considero um pecado, pois o leitor já sabe o fim da história. Muitas pessoas, inclusive o pai da cantora, souberam da morte dela pelos tantos meios de comunicação que existem até hoje. Mas o que o leitor não sabe é como a história aconteceu, como isso repercutiu na família e nos amigos e como, porque e onde ela morreu.

O livro ganha pontos com a riqueza de detalhes de alguns momentos da vida da cantora, mas confunde muito o leitor com as datas meio confusas que são citadas no livro. O pequeno álbum de fotos que tem no livro é quase um achado para os fãs da cantora carioca, pois contém algumas fotos do álbum de família que estavam guardados a sete chaves na casa de sua mãe, Dona Nanci. As fotos são colocadas em ordem cronológica, e mostram Cássia Eller desde quando tinha seus 4 anos de idade até a última foto que ela tirou, aos 38 anos.

O livro, além de ser rico em detalhes sobre alguns fatos da vida da cantora, nos tira aquela impressão que, por muitas vezes a mídia nos passou, de que Cássia Eller era apenas “sexo, drogas e rock’n’roll”. O livro mostra que ela foi mais que isso.

Cássia Eller foi, além de tudo, uma das melhores cantoras do país. Ela passou por poucas e boas antes mesmo de decidir ser intérprete, já tinha uma afinidade com a música aos 5 anos de idade e sabia cantar todas as músicas do Roberto Carlos com essa idade. O livro nos mostra – realmente – uma Cássia ingênua, tímida, inteligente, divertida, debochada, brigona, calada, genial, paciente, terna, carinhosa, criativa e, acima de tudo, amiga. Com certeza, esse livro é essencial na prateleira de qualquer fã da cantora.

sábado, 16 de julho de 2011

Apenas o fim

Apenas o fim é um filme nacional fantástico.
Conta a história do casal Adriana e Antonio, jovens universitários que namoram há um tempo, até que um dia Adriana decide fugir de tudo e resolve terminar o namoro. Eles decidem passar horas relembrando do passado.
Com um tom 'delicado', retrata muito bem essa coisa de ter que enfrentar o término dos relacionamentos modernos, mostra as dúvidas que surgem com o fim e tenta filosofar, de certa forma, sobre os relacionamentos e a liberdade.
O filme mostra uma história comum, que pode acontecer com qualquer pessoa. Além de ser um filme leve, sem excessos e muito gostoso de assistir.

Recomendo.

Trailer


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No tumblr do blog tem mais 2 trailers alternativos, mais 2 fotos alternativas do banner e link pra download do filme.

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domingo, 10 de julho de 2011

Kit Gay [reescrevendo]

Gente, eu já tinha escrito algo sobre no meu tumblr (http://muitomasdomesmo.tumblr.com/post/2817329468/sinceramente) e ainda penso igual, só que com algumas coisas a acrescentar.

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A começo, essa idéia do governo é uma boa pois a onda de violência contra os homossexuais tem crescido muito. Eu jamais havia ouvido alguém falar que pessoas batem em homossexuais na paulista com lâmpadas. Quando eu era menor, meus pais sempre diziam que a Paulista era o melhor lugar pra se viver pela localização e pela paz. Acho que os tempos mudaram e essa afirmação não é mais válida, né.

Os vídeos.
As três histórias são, basicamente, meio sei lá. Um menino que é travesti e gosta de ser chamado de Bianca, duas garotas que se amam mas tem medo da reação das pessoas perante o romance delas e um bissexual que pensa "ah, eu gosto de homens e mulheres, logo não vou ficar sozinho". Do primeiro eu continuo pensando que foi sacanagem, até porque era pra ser um gay ali, não um travesti. O segundo, na minha opinião, é o caso mais popular dos três vídeos, já que conheço pessoas que são assim ou foram assim e eu tenho um exemplo, o melhor de todos os que eu conheci até hoje, que explicita muito bem isso: o meu. Hoje em dia o medo de se assumir perante aos amigos, aos professores, colegas de classe/trabalho e família é muito grande. Isso não deveria existir em pleno século XXI. O terceiro vídeo é basicamente meio absurdo. Não creio que, de certa forma, pessoas não fiquem sozinhas por serem bissexuais. Sim, existe esse pensamento por parte das pessoas [e dos bissexuais], mas não creio que isso seja de fato verdade. Todos nós corremos risco de ficarmos sozinhos ou não, sendo bissexuais ou não.
Eu acho bacana a idéia dos vídeos, mas, de certa forma, ele não explicita o fundamental: como a pessoa se descobre gay [porque ninguém vira gay do dia pra noite], como a pessoa tenta lidar com a situação e como as coisas vão acontecendo. Creio eu que ninguém é gay porque quer e eles, assim como qualquer outra pessoa, tem de ser respeitados. E sim, ainda acho que o governo poderia tomar como exemplo de projeto os vídeos "It's get's better" e "Não gosto dos garotos", que são interessantes, falam exatamente sobre o que o kit gay quer mostrar e são tão bons.
Fica a dica.

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quarta-feira, 6 de julho de 2011

La Zebra

O primeiro post seria sobre o cd 21, da Adele. Mas, como sempre, atrasei e resolvi postar sobre outra coisa. É diferente [muito diferente da Adele por sinal, rs], é mais divertido [eu achei] e é tão bom quanto.

Que seja doce.
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La Zebra

É um grupo de "dance disco" no estilo do Daft Punk misturado com um pouco de HouseMusic e umas batidas de eletronico. É um som bem dançante, não deixa a desejar e é uma boa pedida pra festinhas. É meio difícil achar informações sobre eles [em sites do nosso querido Brasil], mas no youtube, por incrível que pareça, anda cheio de músicas do La Zebra.
As músicas, inclusive as que vou indicar no fim do post, tem o charme do baixo no estilo funk e as batidas loucas.
Quem não gosta de remixes de DJs desconhecidos, Dance/HouseMusic ou eletronico vai achar o som estranho no começo. É um boa pedida pra gostar de música eletrônica 'diferente'. Quem não gosta do estilo Daft Punk, fica tranquilo: só parece. No fim, Daft e La Zebra são diferentes.

Que seja doce ~

La Zebra - When In Rome

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La Zebra - Mink Tricks



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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Voltando

Dae \o\

O blog teve um quase fim trágico.
Mas, pra alegria geral da nação, voltarei com o opiniões erradas ;D

Em breve voltarei a postar as críticas.

See ya

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